Pão de queijo, pão francês, fruta, suco e o que mais for preciso para fazer aquele café da tarde com a família. Esses eram alguns dos itens mais consumidos nas chamadas mercearias ou mercadinhos de bairro de décadas atrás, onde o dono era o vizinho e provedor das necessidades mais urgentes das famílias. 

Essa experiência perdeu força por diversos motivos. Com isso, os mercados se tornaram maiores e mais distantes, com uma experiência mais fria e sem ter necessariamente uma conexão com a freguesia. 

Há cinco anos no Brasil, a Oxxo está segura de que pode devolver ao menos parte dessa experiência para o público. “A essência da Oxxo é estar presente quando e onde os clientes mais precisam, inserindo o conceito de proximidade na rotina diária e sendo o ‘bom vizinho’ do bairro”, diz Rafaela Trentin, gerente de food service e padaria do Grupo Nós, dono da Oxxo.  

A rede se diz pronta para devolver experiência de proximidade para seus clientes, especialmente em grandes cidades, exatamente onde os mercados se afastaram da população com o passar do tempo. 

Para atender cidades “cada vez mais movimentadas e verticais”, as unidades da rede de ‘mercadinhos’ podem ser encontradas, muitas vezes, nos térreos de grandes conjuntos habitacionais, como se fossem parte dos condomínios. “Nossa estratégia visa estabelecer um vínculo prático, próximo e emocional com os nossos consumidores”, diz a gerente. 

Esse vínculo não está só relacionado à questão espacial, com o Oxxo voltado a dar vida ao “mercadinho da esquina”. A rede procura recuperar também uma certa cultura de consumo daqueles mercados de proximidade mais antigos. Para tanto, a rede mexicana tem procurado inserir no seu portfólio “novidades que tenham a cara do Brasil”, nas palavras da representante da companhia.

“Por exemplo, a coxinha de cupim e o espetinho de carne remetem a uma grande paixão do brasileiro, que é o churrasco. Já no setor de padaria, em que temos o pão francês como carro chefe, colocamos outras opções disponíveis para agradar todos os paladares”, exemplifica Trentim. 

Assim, o Oxxo tem procurado ir além da conveniência que o brasileiro se acostumou a ver nas lojas de postos de gasolina, com pouca variedade e experiência voltada apenas para giro rápido. É uma tentativa de combinar a velocidade e praticidade que as grandes cidades exigem com alguma essência de cultura de bairro. 

Rafaela Trentin, gerente de food service e padaria do Grupo Nós, dono da Oxxo

Os mercados de proximidade que já operavam no Brasil tentaram combinar essas experiências. Contudo, esse modelo de negócio sofreu bastante ao longo dos últimos anos. Grandes redes tiveram que fechar algumas de suas iniciativas. Mas a Oxxo parece seguir vendo oportunidades no horizonte nesse modelo de negócios. 

“O mercado brasileiro passou por muitas mudanças e atualmente há uma alta demanda para o consumo imediato de produtos”, diz a gerente. 

Nesse sentido, ela confia que a rede tem os atributos necessários para reviver os mercadinhos de proximidade. 

Para tanto, a Oxxo apresenta “qualidade em execução, uma forte e consistente estratégia de expansão, profissionalização na operação de lojas, além do reconhecimento por parte dos consumidores”, arremata Trentim.