Na imensa cadeia de produção e entrega de alimentos, restaurantes, bares, lanchonetes e outros estabelecimentos do tipo têm papel de liderança na condução das pessoas a um consumo mais saudável. Ao menos, é assim que pensa quase um terço dos consumidores, segundo pesquisa Food Barometer 2024 da Sodexo.

Nesse sentido, entre cerca de 7,3 mil entrevistados em cinco países – França, Reino Unido, Estados Unidos, Brasil e Índia –, 29% esperam que essa indústria lidere a transição para dietas mais sustentáveis. Isso mostra um aumento de oito pontos em relação à edição anterior, realizada em 2023. 

Os consumidores cobram principalmente prioridade em ações como a redução do desperdício (50%), o uso de produtos locais (41%) e ingredientes de práticas agrícolas sustentáveis (40%). A pesquisa foi feita em companhia do Instituto Harris Interactive. 

Além disso, o estudo mostra que a educação alimentar também é um critério exigido por parte importante dos consumidores: 36% dos entrevistados globais esperam que as empresas de foodservice contribuam para educar os consumidores sobre alimentação sustentável.

Diferenças entre países em desenvolvimento e países desenvolvidos 

Uma parte da pesquisa mostra que há um contraste entre a percepção dos consumidores dos países em desenvolvimento, como o Brasil, e os países desenvolvidos. 

Segundo a pesquisa, os países em desenvolvimento têm percepção “extremamente positiva” sobre alimentos sustentáveis. Enquanto os países de economias mais solidificada são menos entusiastas desse tipo de produto.

Alimentação saudável evoca para algo mais positivo ou negativo?
Fonte: Pesquisa internacional de sustentabilidade: Food Barometer 2ª edição – 2024

Brasil lidera percepção positiva sobre alimentação sustentável

No Brasil, 51% dos entrevistados se declararam engajados com a alimentação sustentável. Esse número coloca o país acima da média global, que é de 42%. Além disso, os brasileiros possuem a maior percepção positiva em relação à alimentação sustentável no mundo: 91% veem a alimentação sustentável de maneira otimista, acima da média global de 74%.

“Pelo segundo ano consecutivo, percebemos um desejo cada vez maior dos brasileiros por uma alimentação mais sustentável, se comparado a outros países que participaram desta edição”, diz Andrea Krewer, CEO da Sodexo no Brasil. 

A pesquisa é um chamado à ação e à responsabilidade das empresas, que assim como a Sodexo, precisam liderar essa mudança. “Estamos comprometidos em informar e inspirar o mercado a adotar práticas que beneficiem não apenas a saúde e qualidade de vida, mas também o meio ambiente e a sociedade. Nosso objetivo é mostrar que uma agenda sustentável pode ser, de fato, viável e transformadora para todos,” afirma Krewer.

A Sodexo, que tem 72% dos negócios focados em alimentação no Brasil, instituiu o programa WasteWatch garantiu que mais de duas mil toneladas de alimentos deixassem de ser desperdiçadas, o equivalente a mais de 3,7 milhões de refeições e uma redução de 27% nas emissões de CO². 

Com isso, a companhia espera passar a mensagem que a alimentação sustentável é uma responsabilidade compartilhada com todo nosso ecossistema. “Nossa pesquisa aponta que os consumidores estão prontos para mudar seus hábitos alimentares, mas precisam de suporte para conseguir isso”, avalia Krewer.