O crescimento do delivery foi notório nos últimos anos, especialmente desde 2020 devido à pandemia de covid-19. Para estar presente entre os consumidores – mesmo nos tempos em que tiveram o salão fechado ou a abertura parcial –, os estabelecimentos de food service passaram a usar mais de um canal de venda, próprio ou terceirizado.

Segundo estimativa da Abrasel, o delivery representa hoje até 30% do faturamento do setor, sendo que antes não chegava a 5%. Apenas em 2020, os aplicativos de delivery cresceram 149%, como apontou um balanço da Mobills com base nos dados dos três principais aplicativos de entrega (Ifood, Uber Eats e Rappi). O ticket médio também apresentou um aumento de 105%, de R$ 50,51 para R$ 103,96 (dados do Rappi). Além dos marketplaces, muitos estabelecimentos possuem a opção de entrega própria.

Porém, com a maior implementação do delivery vieram outros desafios, tais como: lidar com as novas tecnologias, gerenciar os pedidos vindos de diversos lugares, organizar as entregas e controlar o estoque. Para auxiliar os gestores, o Hubster chegou ao Brasil como a plataforma que centraliza serviços e otimiza toda a cadeia de produção de um restaurante.

Com tantos pedidos e operações em curso, é preciso contar com uma ferramenta capaz de digitalizar o serviço do restaurante e unificar todos os pedidos em apenas um local. Foi daí que surgiu o Hubster, plataforma capaz de atender desde pequenos estabelecimentos até gigantes do delivery. 

Para entender as funcionalidades e vantagens da plataforma, o Food Connection entrevistou Leonardo Raful, CEO do Hubster e criador da plataforma. 

Digitalizar operações para vender online

A ideia do Hubster foi trabalhada por Leonardo Raful durante muitos anos. Profissional de tecnologia desde 2003, ele percebeu que grandes operações de e-commerce migrariam para o marketplace com o passar dos anos, incluindo restaurantes. 

Atuando em uma plataforma que atendia a donos de restaurantes, ele percebeu que o principal obstáculo do food service era a falta de integração. “Eles não tinham a digitalização dos serviços deles, como o cardápio digital e o fluxo de pedidos”, explica. 

Raful viu a necessidade de criar uma solução que digitalizasse essas operações, assim como acontecia com o varejo, que já tinha o catálogo e o fluxo de operações on-line. Por isso, eram capazes de atender a um volume grande de pedidos por marketplaces e canal próprio, mesmo no início da popularização da internet no Brasil.

Em 2018, após atuar em diversas empresas, Leonardo passou a se dedicar ao Hubster, uma plataforma de tecnologia que permite aos restaurantes digitalizar e conectar suas operações a múltiplos canais de venda e consolidá-los em um único local.

Novos hábitos de consumo

O hábito de pedir via delivery foi bastante acelerado devido à pandemia. “Se antes o mercado fazia uma média de 25 a 30 milhões de pedidos por mês, hoje você tem mercado de delivery que faz até 75 milhões por mês”, afirma o executivo. 

Segundo a pesquisa “Consumo Online no Brasil”, realizada pela agência Edelman e promovida pela empresa PayPal, o consumidor que pede comida uma vez na semana saltou de 40,5% antes da pandemia para 66,1% em 2021; e se considerarmos os pedidos diários, a taxa foi de 14,2% para 22,1%.

Além do delivery, outra tendência que vem crescendo no Brasil é a retirada na loja — um comportamento já comum nos EUA e na Europa. Em outros casos, as pessoas usam o celular para fazer um pedido dentro do restaurante, usando o QR Code e sem interação com o garçom. Portanto, há uma predisposição de o restaurante ficar cada vez mais digitalizado. “Por meio de marketplace e marketing de performance, ele pode alcançar milhares de pedidos. O que a gente faz aqui é lidar com essas demandas e ferramentas para operacionalizar e crescer com o negócio deles”, explica Leonardo.

Centralização de ferramentas 

O Hubster trabalha com três pilares de produtos para resolver as três principais “dores” operacionais dos gestores de restaurante, que são:

  • Como controlar melhor o negócio;
  • Como operar com maior eficiência;
  • Como acelerar o crescimento do negócio.

Cada uma dessas questões representa maior ou menor dor para o restaurante, dependendo da maturidade e do tamanho do estabelecimento.

“O que fazemos é permitir que um restaurante possa consolidar todos os canais de venda digitais em um só lugar e gerenciá-los de forma conectada, com soluções para operar de maneira eficiente e vendendo mais”, explica Leonardo Raful.

O CEO do Hubster explica que o uso de diversas ferramentas — diferentes aplicativos de entrega, WhatsApp e CRM, por exemplo — acaba confundindo o gestor e atrasando as operações porque são descentralizados. “Dependendo do restaurante, ele utiliza de 6 a 20 plataformas diferentes para gerenciar seu negócio, mas elas não conversam entre si. Então, ele não consegue consolidar o comando da operação em um lugar só”, afirma.

O Hubster surge, então, para centralizar todas essas ferramentas e serviços em um único local. A plataforma inclui também a parte logística. “Se o restaurante quiser usar um parceiro ou fornecedor de entregadores para o delivery próprio, nós integramos. Se já tiver um sistema de PDV (ponto de venda), nós também o integramos para que ele possa ter essa consolidação, essa integração de ponta a ponta”, complementa.

Atualmente, o Hubster trabalha com todos os tipos de restaurante, “desde aquele com um ponto de venda, que acabou de abrir, mas já tem uma operação interessante no delivery, até as gigantes do mercado”, complementa Raful. 

O CEO da Hubster enumerou as vantagens de gerenciar seu negócio de forma conectada, centralizando as informações em um só lugar. Confira a seguir.

Auxílio a pequenos negócios

O Hubster oferece uma grande vantagem para o pequeno comerciante, que trabalha sozinho, mas pretende expandir o negócio. “A plataforma permite que uma pessoa que opera sozinha possa receber os pedidos de aplicativos ou de um canal próprio de maneira unificada dentro da plataforma, imprimindo o ticket do pedido e o cupom fiscal sem precisar de interação nenhuma”, afirma Raful.

O pedido é efetuado por um dos canais, cai na plataforma e vai direto para a impressora do restaurante, que vai produzir a refeição e passar ao entregador.

“Para fazer parte do Hubster, o restaurante precisa atender a, pelo menos, 20 pedidos por dia ou ter um planejamento com objetivo de chegar a esse número”, especifica o executivo.

Ajuste unificado

Outra grande vantagem da centralização é que o gestor só precisa fazer um ajuste uma vez para alterar todas as suas ferramentas. Por exemplo, “Se ele quiser fazer o ajuste no cardápio, pode fazer diretamente no Hubster. A mudança vai se refletir nos diferentes menus de venda. Ele não precisará ir em cada aplicativo alterar cardápio por cardápio”, diz Leonardo.

“Quem tem mais de uma marca naquele mesmo ponto de venda — uma dark kitchen, por exemplo, que atua com múltiplas marcas — pode usar a plataforma para atuar com todas elas, incluindo os cardápios”, complementa.

Queda no cancelamento

O Hubster oferece ao restaurante o “autoaceite”, ou seja, a plataforma aceita automaticamente o pedido feito pelo cliente, ao invés de esperar que o gestor veja o pedido no canal de vendas e o aceite manualmente, o que pode gerar uma perda se a solicitação não for confirmada a tempo.

“Temos clientes que, antes de usar o Hubster, tinham taxas de até 25% de cancelamento”, conta Raful. As plataformas costumam ‘penalizar’ restaurantes que têm alta taxa de cancelamento, colocando mais em vista aqueles com baixos índices de desistência.

“Além do mais, há aquele período em que a loja aparece estar fechada enquanto deveria estar aberta” alerta o executivo, afirmando que isso pode representar até 20% do tempo de exposição da loja no aplicativo.

Ao todo, o restaurante pode ter uma perda de 35% no seu faturamento. “Com o autoaceite e a disponibilidade de loja (que mostra o estabelecimento aberto em 100% do seu tempo de funcionamento), conseguimos reduzir consideravelmente essa perda”, complementa o idealizador da plataforma.

Maiores chances de sucesso para novos negócios

Os primeiros anos de existência de um restaurante costumam ser críticos. Em situações adversas, como a pandemia, o cenário pode ser ainda mais desafiador. “Podemos aumentar a taxa de sucesso desses restaurantes. A taxa de ‘mortalidade’ dos estabelecimentos que estão em início de funcionamento é altíssima, em torno de 50% deles fecham no primeiro ano de operação”, afirma Leandro Raful. 

“Uma das nossas missões é fazer com que esses restaurantes tenham uma operação mais sustentável. Por isso, não cobramos um valor que não faça sentido para aquele restaurante pagar. Nosso valor de entrada consegue ser pago com menos de dois pedidos por mês que o restaurante faz. Com o avanço, ele pode incluir novas funcionalidades à plataforma”, finaliza o CEO. 

Para saber mais sobre as funcionalidades do Hubster e como a plataforma pode ajudar seu negócio a crescer, acesse o site www.hubster.com.br.

 

 

LEIA MAIS:

Delivery: é melhor investir no marketplace ou no canal próprio?

O que o consumidor considera como um bom serviço de delivery

Delivery 4.0: tecnologias a favor das entregas de refeição

Como encontrar uma boa embalagem para o seu delivery

Como manter os produtos quentes e frescos para o delivery

WhatsApp para restaurante: benefícios e como utilizar

Dicas para estruturar um bom delivery