Muito se fala de proteínas, dietas protéicas, alimentos com alto teor proteico, mas por vezes pouco se sabe de onde vem as proteínas consumidas na maior parte dos alimentos. Um ponto de partida bastante importante para essa conversa é o já tão conhecido leite de vaca. 

O leite de vaca é composto por proteínas lácteas, carboidratos (lactose), gordura do leite e minerais. Mas o que são proteínas provenientes do leite e qual é a sua importância para a saúde? 

Para falar mais sobre isso, contamos com o apoio do USDEC, o U.S. Dairy Export Council (Conselho de Exportação dos Lácteos dos Estados Unidos).

Continue conosco e saiba mais!

O que são proteínas lácteas?

As proteínas lácteas são como blocos de construção para o organismo. Elas são necessárias para o desenvolvimento e a manutenção da proteína muscular humana. 

Elas são encontradas no leite de vaca, que contêm dois tipos de proteínas: a proteína do leite e as proteínas do soro do leite. 

A proteína do leite é também conhecida como caseína. Ela compreende cerca de 80% da proteína total. Já as proteínas do soro do leite (whey protein) compreendem os outros 20%.

“Quando se produz o queijo, a caseína permanece no processo de coagulação do queijo e as proteínas do soro (whey protein) são separadas com o líquido dessorado”, explica a vice-presidente de Marketing Global de Ingredientes, U.S. Dairy Export Council, Terri Rexroat. 

De acordo com ela, o soro líquido pode ser seco para produzir soro de leite em pó ou as proteínas do soro podem ser separadas do carboidrato (lactose) e minerais, novamente usando processos simples de filtração por membrana. 

Por que as proteínas lácteas são importantes para a saúde?

Segundo Terri, as proteínas lácteas oferecem nutrição inigualável em comparação com as proteínas de outras fontes, pois são proteínas completas que contém todos os aminoácidos essenciais para a saúde. 

“Por isso, elas têm pontuações de qualidade proteica mais alta do que todas as proteínas vegetais. Apenas a soja chega a um valor próximo. Isso é importante porque o organismo humano não pode produzir aminoácidos essenciais, então, eles devem ser consumidos por meio de dieta diária”, enfatiza a vice-presidente..

Além disso, os aminoácidos de cadeia ramificada são especialmente importantes, em particular a leucina, que provou ser a principal estimulante da síntese proteica muscular humana. 

Como as proteínas lácteas são utilizadas na indústria de alimentos e bebidas? 

Além de serem usadas na indústria de nutrição esportiva, as proteínas lácteas são utilizadas em vários outros tipos de alimentos e bebidas, inclusive na panificação. Também podem ser usadas para produzir bolos, biscoitos e pães ou em produtos lácteos como queijo e iogurte, em bebidas lácteas e não lácteas. 

Outro detalhe é que as proteínas lácteas também estão presentes nas sobremesas congeladas, sopas, molhos e muitas outras categorias de alimentos. 

“A maioria das aplicações de alimentos e bebidas oferecem oportunidades perfeitas para as proteínas do leite e/ou proteínas do soro de leite. São excelentes tanto para quando se deseja uma funcionalidade específica no processamento do alimento, bem como adicionar valor nutricional ao produto final”, ressalta Terri.

O que o USDEC faz e qual é a sua missão no mercado?

O USDEC é uma organização sem fins lucrativos que trabalha em nome dos produtores de leite dos Estados Unidos. A equipe global está focada em criar demanda e preferência por ingredientes lácteos e queijos dos Estados Unidos. 

“Desde que o USDEC foi fundado em 1995, as exportações de lácteos dos EUA aumentaram dez vezes, para quase US$ 6,6 bilhões anualmente. Em 2020, a indústria de lácteos dos Estados Unidos exportou o equivalente a quase 16% dos sólidos do leite do País. Temos escritórios localizados em mercados de exportação em todo o mundo – na Ásia, Oriente Médio e América Latina”, lembra Terri. 

Como parceiro de inovação dos processadores de alimentos e bebidas em mercados de exportação, o USDEC fornece orientação para compradores globais, ideias de formulações e aplicações, suporte técnico e assistência na identificação de fornecedores de ingredientes lácteos para atender às necessidades específicas de cada cliente.

Como o USDEC atua no mercado internacional e no brasileiro? 

O USDEC tem escritórios localizados em mercados de exportação em todo o mundo – na Ásia, Oriente Médio e América Latina. A River Global representa o USDEC na América do Sul, com operações no Brasil, Chile, Colômbia e Peru, além de ser responsável por monitorar mercados como Argentina, Equador, Uruguai e Venezuela. 

“Os escritórios internacionais, incluindo o da América do Sul aos cuidados da River Global, são essenciais para as atividades do USDEC ao conduzir atividades de marketing e fomentar negócios”, afirma Terri. 

Quanto o USDEC movimenta por ano no Brasil e no mundo? 

Em 2020, os Estados Unidos exportaram mais de US$6 bilhões para o mundo, sendo mais de US$365 milhões e US$44 milhões para a América do Sul e Brasil, respectivamente. 

Desse total, mais de US$37 milhões em proteínas lácteas foram exportados para a América do Sul, sendo quase 65% representado pelo Brasil. Segundo a vice-presidente de marketing, quando se trata de proteínas lácteas, os EUA têm sido os maiores parceiros do Brasil durante pelo menos os últimos 5 anos.

Como o USDEC contribui com o Brasil e qual é a importância do País para a organização? 

Segundo Terri, como parceiro de inovação dos processadores de alimentos e bebidas, o USDEC conduz atividades no mercado brasileiro, como já mencionado.

A organização orienta os compradores globais, tem ideias de formulações e aplicações, oferece suporte técnico e assistência na identificação de fornecedores de ingredientes lácteos para atender às necessidades específicas do mercado brasileiro. 

“Tratando-se de ingredientes lácteos, específicamente falando das proteínas lácteas, o Brasil tem um papel fundamental para o mercado lácteo dos Estados Unidos, pois é um país grande, multicultural e tem uma indústria de alimentos mais desenvolvida quando comparada com outros países da América do Sul”, ressalta Terri. 

Segundo ela, o Brasil possui grande potencial para inovações e desenvolvimento de novos produtos, pois tanto os consumidores como as indústrias de alimentos no País estão sempre por dentro de tendências e buscam sempre novidades. Algo que vai muito além da já consolidada indústria de nutrição esportiva – há também uma crescente procura por informações específicas e alimentos que promovem a saúde e o bem-estar em geral. 

Como vimos, as proteínas lácteas estão cada vez mais presentes nos alimentos e bebidas, sendo uma importante fonte de nutrição para a sociedade. 

Para saber mais sobre como essas proteínas podem auxiliar no desenvolvimento dos produtos alimentares, acesse o site do USDEC e fique por dentro das novidades!