O mercado de refeições coletivas está bastante aquecido. Afinal, ele vai de encontro à algumas mudanças e tendências de comportamento da população, como a busca com um estilo de vida mais saudável e que preze o bem-estar. 

De acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas (ABERC), o setor emprega 230 mil colaboradores no país e conta com uma previsão de crescimento na produção anual de R$ 20,6 bilhões em faturamento até o final de 2019.

Dessa forma, esta pode ser uma excelente oportunidade para quem busca diversificar a atuação da empresa e, consequentemente, aumentar o faturamento.

Siga com a leitura e veja algumas dicas sobre como entrar no mercado de refeições coletivas!

Panorama do mercado de refeições coletivas

De acordo com Rogério da Costa Vieira, vice presidente da ABERC e presidente da FENERC (Federação Nacional das Empresas de Refeições Coletivas), o mercado de refeições coletivas é bastante extenso e conta com vários segmentos, como alimentação em plataformas de exploração de petróleo, escolas, universidades, construção civil,  saúde, hospitais, aviação e para as indústrias. “Alimentar coletividades pressupõe alimentar pessoas nas mais variadas situações e circunstâncias, em grupo e em um site, com mais de 100 pessoas”, explica.

Como entrar no mercado de refeições coletivas?

“Uma política de qualidade precisa e rigorosa e ser implantada de imediato”, recomenda. Além disso, Vieira ressalta a importância de contar com um bom capital para empreender na área. “No passado, éramos uma atividade de mão-de-obra intensiva, mas o mercado mudou e hoje temos a característica de capital intensivo. Ou seja, não adianta ter na família alguém que cozinhe bem, é necessário ter capital”.

Outro ponto importante para saber como entrar no mercado de refeições coletiva está no controle financeiro“Considerando que o preço de venda é fixado por 12 meses, porquanto as matérias-primas seguem o curso de um mercado livre de ofertas e procura suscetível às sazonalidades climáticas, a estrutura de uma área de compras é parte do sucesso. As matérias-primas e insumos correspondem a 55% do custo de uma refeição, portanto, parte dos ganhos vem daí”.

Ainda, Vieira recomenda um bom controle contábil, inclusive, contemplando até a quarta casa milésima, como R$0,0001. Para o profissional, é justamente neste detalhe que pode estar o segredo para a lucratividade.

Como criar diferenciação no mercado?

Aprender a como entrar no mercado de refeições coletivas também demanda criatividade para inovar ou atender segmentos pouco explorados. Afinal, é neste olhar que estarão as grandes oportunidades de crescimento.

“No geral, o empreendedor terá que fugir de um conceito de commodities no âmbito de fornecer uma refeição. As tendências são muitas nesta área, cada subsegmento apresenta suas demandas no geral”, diz Vieira.

É fundamental contar com um leque de soluções. Afinal, o que se aplica a um cliente pode não se aplicar para outro. Ainda assim, Vieira cita os pontos mais importantes para uma empresa no mercado de refeições coletivas:

  • Oferecer um bom atendimento;
  • Segurança alimentar; 
  • Transparência aos consumidores sobre como são produzidas as refeições;
  • Variedade da oferta dos alimentos.