Com a situação econômica, cenário de crise dos últimos anos e as consequências da pandemia da Covid-19, o brasileiro reduziu o seu consumo de carne vermelha, especialmente devido ao preço dos alimentos. Ainda assim, a carne e os produtos processados de carne apresentam grande destaque no mercado de alimentos. A substituição da carne bovina pelas carnes alternativas à base de produtos vegetais ou as análogas, promete reduzir as concentrações de CO₂ e atender aos consumidores que buscam sabor e estão preocupados com os impactos ambientais.
No contexto do impacto na saúde humana, o consumo de carne e seus derivados processados apresentam uma série de fatores associados a maior risco de desenvolver doenças renais, menor densidade mineral óssea, danos no tecido cerebral, hipertensão arterial, obesidade e câncer gástrico. Isso se deve ao conteúdo de lipídeos, nitrito/nitrato e o sódio adicionado às carnes. Os produtos à base de carne contribuem com 20% da ingestão habitual total de sódio.
A procura por compostos fenólicos para reduzir eventos deteriorativos aos produtos cárneos vem sendo cada vez mais especulada pela indústria como um manejo “natural” e poderia trazer benefícios para a saúde humana. Ainda assim, as carnes apresentam elevada densidade nutricional com alta biodisponibilidade e qualidade em nutrientes. Mais recentemente tem sido estudado a qualidade nutricional das carnes de acordo com a forma como os animais são criados, se em pastos ou livres, e a forma de alimentação dos mesmos, o que parece contribuir para um produto de qualidade superior.
Muitos são os avanços que a indústria ainda pode fazer em relação às carnes e seus produtos, considerando que o consumidor está mais atento à qualidade, à sustentabilidade e ao valor dos produtos.
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